Sempre gostei de correr. Lembro-me de pequena na escola e já participando de provas de atletismo e de tudo o que estivesse relacionado aos esportes como um todo. Nasci para praticá-los e mesmo muitas vezes não alcançando resultados expressivos, a satisfação de participar já valia muito. A tão famosa adrenalina me pegou cedo, tão cedo que fugi do ballet assim que pude. Nada contra, acho lindo por sinal, só que não combina muito com minha personalidade. Peço algo mais agitado...sou muito elétrica ! Então quando me vi precisando eliminar os quilos extras adquiridos na minha primeira gestação ( de um menino lindo chamado Luis Gustavo, hoje já um homem apaixonado por bikes.) me lembrei desse esporte tão maravilhoso que é a corrida. No começo como já era de se esperar mal conseguia caminhar tamanho o cansaço que se abatia sobre mim. O local escolhido foi a Praça dos Eucaliptos, por ser perto de casa e também por ser muito agradável ( aquele cheiro que toma conta do lugar depois de uma chuva é incrível...). O começo, claro foi com caminhadas diárias e quando consegui dar 20 voltas andando, decidi que era hora de voltar a correr. A emoção ao concluir uma volta inteira correndo foi indescritível, tão marcante que me levou às lagrimas. Por uns minutos tive a plena certeza de que detinha o poder de recuperar tudo o que queria, corpo magro e tudo o mais que se fazia tão distante. Pronto ! Estava feita a minha escolha e com ela segui durante muito tempo. Peso ? Isso já não me preocupava mais e segui praticando outras modalidades em conjunto com a corrida durante todo o período escolar.
Como era de se esperar, a vida tem suas reviravoltas e a minha deu umas guinadas fortes, pra abalar mesmo. Resultado ? Parei de correr e fui trabalhar de forma tão intensa que não sobrava tempo pra quase nada. Resultado ? Quilos acumulados, estresse com a aparência e preocupações sem fim.
Pra encurtar toda essa história, só fui me reencontrar com a corrida em 2005 quando resolvi participar da corrida contra o câncer de mama. Era 30 de outubro daquele ano e eu estava com tamanha ansiedade que me posicionei na linha de frente da largada (?!). Por segundos acreditei ser uma grande corredora e assim me mantive até o primeiro minuto de prova até ser ultrapassada por quase todas as inscritas. Queimei todo o meu oxigênio em 60'' e o ar parecia não querer entrar mais nos pulmões depois disso, eu bem que tentei, mas ele não obedecia. Aos trancos e barrancos terminei a prova em 48° lugar das 77 mulheres inscritas. Pronto ! O bichinho das corridas de rua tinha me mordido. Mas o ano já acabava e outra oportunidade só viria em 18 de dezembro com a Corrida de Verão e desta vez ousei, corri 6 km ao invés dos 5 iniciais. Resultado também de acordo com a inexperiência, 83° lugar das 121 companheiras que resolveram correr esta prova. A prova em si foi muito legal, no Dique do Tororó e é uma pena que nunca mais foi realizada. Primeira e única edição.
Depois conto mais...o trabalho tá me chamando.
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